A extração de óleos a partir de massa expandida é mais eficiente quando comparado com aquela obtida a partir da lâmina de soja. O Expansor é o equipamento utilizado para preparar as sementes oleaginosas, na produção de massa expandida para a extração de óleo do grão. Excelente extração, com alto rendimento e baixo custo, só pode ser alcançada quando o material é bem preparado. O Expansor faz uma melhor preparação da matéria prima, o material expandido apresenta características que permitem uma extração com maior rendimento.
O equipamento Expansor é composto basicamente de uma rosca extrusora com injeção de vapor. Esta rosca comprime a massa laminada contra uma placa perfurada, promovendo uma compressão seguida de expansão. Chega-se assim a uma melhor extração, com alto rendimento e baixo custo, comprovando a importância dentro da indústria, através de vantagens proporcionadas por esse equipamento.
Em estudos realizados, observou-se um aumento da capacidade de produção em 61%, ocasionado pelo aumento do peso específico da massa expandida. Houve ainda, diminuição do teor de óleo residual que não eram extraídos, em média de 0,5%. Trabalho mecânico, temperatura e pressão provocam um maior desprendimento na quantidade de óleo a ser extraída e redução nos consumos de solvente. Diminuiu também o volume de solvente na lavagem da massa devido à porosidade da massa expandida que aumenta a velocidade de percolação deste.
O consumo de vapor também foi reduzido devido ao menor volume de solvente a destilar e diminuição no consumo de energia elétrica por tonelada de oleaginosa processada. Redução da poluição ambiental ocorre devido à gelatinização da massa expandida que diminui os finos do processo. Há ganho no custo de mão de obra uma vez que se utiliza a mesma para a extração do óleo com aumento de 61% na capacidade de produção utilizando-se a mesma planta de produção.
O sucesso dos resultados obtidos com a introdução do Expansor de grãos são expressados pela redução dos custos de industrialização, consequência das seguintes vantagens proporcionadas por esse equipamento:
Aumento de produção e capacidade volumétrica
O aumento da capacidade de produção está relacionado com o aumento do peso específico da massa que passa de 0,306 t/m³ (flocos de lâmina) para 0,519 t/m³ (massa expandida) após passar pelo expansor. A massa sofre uma grande compactação, o que permite passar pelo extrator operando com a mesma velocidade e altura da camada, uma maior quantidade de produto.
A massa fica porosa e com ausência de finos, o que torna elevado o índice de percolação e portanto, permite que a lavagem da massa seja feita com grande volume de miscela (óleo + solvente), ou seja, uma miscela mais concentrada e essa lavagem intensiva, associada ao elevado índice de rompimento das células que contém óleo, resultam num aumento da velocidade de extração e aumento da capacidade sem prejuízo da eficiência do processo, que, conforme estudos realizados, observou-se que com a introdução do Equipamento Expansor no processo de preparação da matéria prima (soja), ocorreu um aumento de produção de 61% em relação ao processo utilizando lâmina de soja, que ocorre devido à compressão da massa e consequentemente o aumento da capacidade volumétrica do extrator.
Diminuição do teor de óleo residual no farelo
Com o trabalho mecânico, temperatura e pressão, o expansor rompe a maioria das células onde se encontram os bolsões de óleo, de forma que se obtenha também um maior contato entre o solvente e o óleo a ser extraído, facilitando a extração e aumentando a velocidade de percolação do solvente na massa.
Com a utilização do Equipamento Expansor, consegue-se a extração em média de 0,16% a mais do total de óleo contido no grão em relação ao processo de extração utilizando massa laminada devido ao trabalho mecânico, temperatura e pressão que proporciona o rompimento das células do grão liberando a maior quantidade de óleo para a extração e o aumento da velocidade de percolação devido a porosidade da massa expandida.
Redução no consumo de solvente
A redução do consumo de solvente é consequência da menor quantidade de solvente a destilar, menor teor de óleo residual no farelo e menor incidência de perdas fixas, que ocorrem pelo elevado índice de percolação que a massa apresenta, pois, há uma grande redução da quantidade de solvente arrastado para o Dessolventizador e Tostador de Farelo no processo seguinte a extração do óleo e devido ao elevado teor de células rompidas pelo Equipamento Expansor, praticamente a totalidade do óleo é extraído por dissolução, o que permite trabalhar com a miscela de alta concentração, o que resulta, consequentemente, numa menor quantidade de solvente a destilar.
Redução no consumo de vapor
O vapor na extração por solvente é utilizado para aquecimento, obtenção de vácuo e, na sua maior parte, para destilar a miscela, removendo o solvente do farelo. Com o Equipamento Expansor, há uma grande redução da quantidade de solvente a destilar e vaporizar, é o que provoca a redução do consumo de vapor.
Redução no consumo de energia elétrica
Apesar da introdução do Equipamento Expansor no processo acarretar um aumento no consumo de energia em valor absoluto, verifica-se que pelo aumento da capacidade proporcionada pelo mesmo, há uma redução no consumo de energia elétrica por tonelada de oleaginosa processada.
Mão de obra
Com a introdução do Equipamento Expansor, consegue-se um aumento de produção da planta industrial sem o aumento da mão de obra. Não é necessário aumento de mão de obra para operar os setores, o número de funcionários no processo expandido é o mesmo que no processo utilizando flocos de lâmina.
Guilherme Henrique Bertassi Bogalhos
Presidente da ASSENAAGRO
Inspetor do CREA-SP
Engenheiro Civil
Engenheiro de Alimentos
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA-SP 5069115369
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DORSA, R. – Tecnologia de óleos vegetais, 1ª Edição, novembro de 2004 – Westfalia Separator do Brasil Ltda
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MENDONÇA, L. S. Manual de Processo Industrial, Osvaldo Cruz – SP: Granol Indústria, Comércio e Exportação S/A.
MORETTO, E.; FETT, R. Tecnologia de Óleos e Gorduras Vegetais na Indústria de Alimentos. Editora: Livraria Varela. São Paulo, 1998. 150 p.
Revista OMNIA – Suplemento, Adamantina, v.13, n.1, 2010 – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA UTILIZAÇÃO DE MASSA EXPANDIDA (SOJA) NA EXTRAÇÃO DE ÓLEOS – Guilherme Henrique Bertassi Bogalhos, Naieli Peroto Barbieri. http://www.fai.com.br/portal/_arquivos/_itens_home/d1a30d7e79f62ba201090d43581aa569.pdf